Shine

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Meu pensamento é grave e pesado.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Amor Platônico




O que conhecemos como Amor Platônico, é um sentimento não correspondido onde o amante apenas contempla a pessoa amada sem nunca dizer que ela é o objeto do seu amor. O amor platônico é o amor não realizado, portanto, isso equivale ao que não é real, falso e fruto da imaginação. Logo, o indivíduo confunde a idéia de existência com verdade. O sujeito tenta dar veracidade a uma idéia de amor que está apenas na sua imaginação. Isso posto, ele se anula como objeto do seu próprio amor.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O Absoluto de Hegel

 
 
O reino-dos-espíritos que desse modo se forma no ser-aí, constitui uma sucessão na qual um espírito sucedeu a um outro, e cada um assumiu de seu antecessor o reino do mundo. Sua meta é a revelação da profundeza, e essa é o conceito absoluto. Essa revelação é, por isso, o suprassumir da profundeza do conceito, ou seja, sua extensão, a negatividade desse Eu que-em-si-se-adentra: negatividade que é sua extrusão ou [sua] substância. Essa revelação é seu tempo, em que essa extrusão se extrusa nela mesma, e desse modo está, tanto em sua extensão quanto em sua profundeza, no Si. A meta - o saber absoluto, ou o espírito que se sabe como espírito - tem por seu caminho a rememoração dos espíritos como são neles mesmos, e como desempenham a organização de seu reino. Sua conservação, segundo o lado de seu ser-aí livre que se manifesta na forma da contingência, é a história; mas segundo o lado de sua organização conceitual, é a ciência do saber que-se-manifesta. Os dois lados conjuntamente - a história conceituada - formam a rememoração e o calvário do espírito absoluto; a efetividade, a verdade e a certeza de seu trono, sem o qual o espírito seria a solidão sem vida; somente. (Hegel)



*O SEGUNDO NASCIMENTO É QUANDO EFETIVAMOS A NOSSA INDEPENDÊNCIA, A FORÇA E A CORAGEM, E AFIRMAMOS ASSIM A PRÓPRIA PERSONALIDADE. TODO HOMEM [GRANDE] ROMPE, POR VONTADE OU NÃO, OS GRILHÕES QUE O PRENDEU, ENQUANTO FOI FRACO, VULNERÁVEL E TOLO! (grifo nosso)

* Para meu irmão, Marcus Vínicius M. Jabur


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O Espírito Absoluto

  




     O fundamento do sistema ou visão do mundo de Hegel é a noção de liberdade concebida como a rara situação em que se vive com autoconsciência e a história pode ser vista como um progresso em direção à liberdade. Tal progresso é uma condição exigida por uma teoria do conhecimento adequada. A partir da reação kantiana ao ceticismo, ele descreve o desenvolvimento de todas as formas possíveis de consciência, até se tornar possível a consciência[1] não apenas dos fenômenos, mas da realidade em si, identificada quer com o conhecimento do absoluto quer com o momento em que o espírito atinge o conhecimento de si. A emergência do “espírito” individual, que contrasta com a pluralidade de uma multiplicidade de espíritos, é justificada pela natureza social da autoconsciência. Ele pensava a idéia de que os acontecimentos reais podem conter contradições e, de algum modo, portanto, tornar as contradições verdadeiras.


    A proposta de Hegel era enfrentar as dificuldades de um problema epistemológico derivado de Kant que se concebemos, a cognição como um instrumento que aplicamos ao objeto, ou então como um meio pelo qual a luz do objeto nos é transmitida não podemos ter certeza de que o objeto não está distorcido pela cognição e de que o acesso ao Absoluto[2] não está para sempre vedado a nós. Hegel vai examinar não diretamente os objetos, mas as formas de nossa consciência dos objetos, uma vez que não podemos, coerentemente, supor que nosso conhecimento da forma da nossa consciência esteja distorcido do mesmo modo que pode estar nosso conhecimento dos objetos.


     Segundo Hegel, somente deste modo, acompanhamos o surgimento do conhecimento na medida em que uma forma de consciência se desenvolve em outra. Se em Kant temos a certeza sensível, ela passa a ser em Hegel a nossa percepção que trata as coisas como portadoras de propriedades universais. A percepção abre caminhos ao entendimento e enxerga qualidades aparentes das coisas como manifestação de forças internas e leis que as regem. O objetivo da Introdução da Fenomenologia do Espírito é quebrar todos os pressupostos filosóficos numa crítica de toda linguagem, da visão entre sujeito e objeto, apresentar os falsos valores, descrever cada momento da consciência e todo o percurso de cada figura a partir de dois pontos de vista: o da consciência natural e o do filósofo. Essa apresentação em linhas gerais do sistema de Hegel nos levará aos processos da consciência[3] e às negações dela.


     Do ponto de vista do filósofo, a negação do saber aparente é determinada e será sempre um resultado. Ele consegue ver um encadeamento científico e necessário dos falsos saberes ao longo do processo. O filósofo engendra um novo saber por uma necessidade de meta da experiência que é o Saber Absoluto.


     Para Hegel, devemos encarar a aparência como indício da verdade. Quando a ciência diz que só ela é verdadeira, ela nega o saber aparente e este também indica a mesma coisa. O saber aparente diz ser alguma coisa, pois afirma o seu Ser[4] e diz que o Nada é a ciência. Se a ciência, o Ser, não englobar a aparência, o não-ser, não poderia englobar o Absoluto, onde tudo está presente. Logo, Ser, só é total na medida em que engloba o não-ser. Na negação determinada, o resultado é conteúdo. Se na consciência natural temos um certo saber do objeto que é um saber determinado, a consciência natural se auto-nega gerando uma consciência-de-si[5] que também se nega e que o seu saber é para um outro como para a consciência natural. Essa negação da consciência natural resulta numa negação Pura e este é o caminho do desespero e o desespero é o caminho do processo.


     Quando tematizo a consciência natural de um determinado momento, uma negação, a minha consciência já é maior do que eu estou negando. Eu comparo o saber limitado com a consciência do saber (Em-si) e por isso o padrão de medida é interno da consciência. Tematizando um saber falso, a minha autoconsciência[6] é mais que a consciência natural. Ela que vem primeiro, depois, tenho a negação e mais adiante a consciência de si num movimento que Hegel chama de Dialético. A negação cria o que num determinado momento já foi posto como uma própria negação. Se concebo essa negação, encontro o Todo, ou seja, a negação engendra um novo conteúdo na consciência.


     No §81, Hegel descreve para um melhor entendimento o método de desenvolvimento ou execução, que é o exame do conhecer que só se efetua com base no padrão de medida. Esse exame consiste em aplicara ao que é examinado um padrão aceito para decidir sobre se a coisa está correta ou incorreta. É a própria ciência ou a própria verdade que efetiva o padrão de medida. É uma pressuposição de Hegel numa apresentação hipotética a fim de tomar como necessário um padrão dado. A contradição a esse método constitui a fenomenologia como exposição do saber aparente (não é ainda ciência efetiva) não poderia realizar o exame do conhecer.

     Para dissolver a contradição, Hegel vai retomar determinações do saber e da verdade tais como são dados na consciência. Vejamos: 1) a consciência se distingue do objeto, mas se relaciona com ele – para si – para a consciência. Esse momento é chamado de Apetite do Saber, que é o saber da consciência, o ser para um outro (sein); 2) o objeto em si (ser-em-si) não está em relação com o saber (Dasein). Esse é o aspecto da verdade.


     O saber da consciência natural é um falso saber, o padrão de medida está em seu interior. Na consciência natural, temos três pontos que precisam ser considerados. O 1º ponto é uma convenção, é aquilo que é tido como certo, é o Primeiro saber. No 2º ponto, acontece a descoberta que também é um falso saber e por fim no 3º ponto, temos a negação, uma significação que é negativa.


     Para Hegel, o que importa para a Fenomenologia é o próprio movimento. Não preciso identificar onde está a verdade. Ela será encontrada ao longo da experiência, quando abandono os pressupostos, eu fico livre para observar o próprio movimento da consciência.


     Na consciência natural, temos a consciência refletida que é a consciência do objeto em si. Esse objeto é um saber para ela, mas a consciência ainda não sabe disso. É a medida que está no interior da própria consciência de si mesma que mostra o saber como aparente. Esse saber aparente não é consciência do objeto, mas ele nega a consciência natural sem saber da verdade. É a autoconsciência que julgará se o saber da consciência natural é verdadeiro ou não. Quem diz se o saber para ela corresponde ao objeto é a própria consciência. A autoconsciência faz a prova que a consciência natural é um saber para ela e ela nega esse saber como falso. A consciência tentará compreender do objeto em si que será dado nela, comparando o saber para ela com o objeto em si, numa tentativa de adequar o saber do objeto a ela.


     Quanto a uma determinação no percurso desse processo de negação, Hegel insiste na doutrina dialética, segundo ele, “a própria natureza do pensamento”. A dialética ocorre por desenvolvimento interno e autônomo do conceito, e não por acréscimos. Na consciência natural, temos o conhecimento imediato do objeto Em-si, que é o Ser-em-si, o aspecto da verdade. Porém, a consciência ver que esse objeto não é Em-si, mas Para ela; quando o objeto é para a consciência, ele é o aspecto do saber. A consciência compara o que é para ela e o objeto e percebe uma ausência de correspondência entre os dois momentos da consciência. Ela perde o objeto, há uma negação completa e em seguida a consciência experimenta uma negação pura do objeto.


     Nessa suspensão do objeto, outro aparece, mas não vejo de onde ele está surgindo. O movimento que o filósofo vê (o Para-nós), chama-se Movimento Dialético, que é a própria Experiência. O filósofo vê o objeto primeiramente como Em-si, que é o aspecto da verdade. O Saber do Objeto, ser para a consciência desse Em-si, já é um novo objeto. Tenho aí , um novo momento da verdade que é o meu próprio saber.


     Esse outro objeto, na transição, é o resultado do 1º objeto negado porém, a consciência não vê vínculo entre um e outro. O 1º objeto se torna então o 2º objeto. A negação do 1º objeto é uma aparência da consciência. O 2º objeto surge da relação da consciência com o 1º objeto e vai ser produzido no interior da própria consciência que vai examinar agora o próprio saber. Só o filósofo que a tudo observa tem consciência que tudo se encadeia e nos leva a uma figura posterior, de que o conteúdo do objeto é produzido no interior da consciência e de que só tenho consciência do momento histórico no outro momento posterior. A consciência que está no processo de experimentação do 1º objeto não tem consciência do movimento dialético presente nela mesma.


     A consciência natural mesmo sendo enganosa e considerando verdadeiro aquilo que de imediato aparece e logo depois de uma investigação desse saber, perceber que é falso, mas esse perceber também já é um novo saber, é o ponto de partida de Hegel para o conhecimento pleno das coisas. O movimento da razão - o perceber, refletir, negar, destruir, construir e assim sucessivamente, leva-nos de um modo gradativo a experienciar todas as figuras do conhecer, uma englobando a anterior; nossa razão se ampliando na percepção e no saber e comparando com a realidade até chegarmos ao domínio da razão, para conhecer a totalidade do mundo, é o Movimento Dialético, a própria experiência da consciência rumo ao Absoluto.



[1] A noção de consciência para Hegel implica a relação da consciência com um objeto que, pelo menos à primeira vista, não é consciência, mas alguma coisa; e que a noção de conceito ou de espírito (autoconsciência) elimina essa alteridade.
[2] São ao mesmo tempo, objeto e sujeito da filosofia e, embora definido de várias formas, permanece caracterizado pela sua infinidade positiva no sentido de estar além da realidade finita e de compreender em si toda a realidade finita. Hegel chama de Espírito Absoluto os graus últimos da realidade, aqueles em que ela se revela a si mesma como Princípio autoconsciente infinito na religião, na arte e na filosofia.
[3] Dá-nos as mediações entre sujeito e objeto
[4] Não há mais o conceito de Ser como pura abstração como acontece na Lógica. Para Hegel, o ser transforma-se no nada e isso é representação. O ser existe na realidade porque ele mesmo é real.
[5] É o momento em que a própria consciência vai além do seu limite e, portanto engloba o singular numa “perspectiva” mais ampla. Se eu separo o meu conhecimento da verdade, ele será sempre externo ao meu conhecimento e, portanto, ele será falso. O saber do objeto será interno á consciência do objeto; atinge a verdade do objeto no interior da minha consciência.
[6] Autoconsciência para Hegel é um Princípio absoluto que, autocriando-se, cria a própria realidade em sua totalidade. O que ele entende por espírito ou conceito é uma autoconsciência infinita desse tipo.

domingo, 3 de julho de 2011

Felicidade, Liberdade, Prazer e Glória em Freud




Felicidade do latim, Felicitas, é um conceito que nasceu na Grécia Antiga quando o filósofo Tales, julgava que o homem feliz era "quem tem corpo são e forte, boa sorte e alma bem formada." Isso posto, a felicidade é um conceito mundano, é a busca por algo que me satisfaça na relação com o mundo externo.

Ao longo da História da filosofia, estabeleceu-se um relação entre felicidade e prazer; um vínculo intrínseco do homem com o seu corpo e o corpo dos outros. A felicidade é então, uma construção que o homem faz para si em resposta à sua animalidade dada por sua natureza primitiva. É a satisfação dos nossos impulsos, segundo Freud.

Para o filósofo, considerado o Pai da Psicanálise, os homens exigem, esperam e aspiram da vida, a felicidade. É a finalidade da vida humana. Uma aspiração tanto como meta positiva como negativa; ausência de dor e desprazer assim como a sensação intensa de prazer; este último sentido, segundo o filósofo, o significado literal para felicidade. Não há outra finalidade da vida do homem que não seja o programa do princípio do prazer.

O prazer é o indício de um estado ou condição particular de satisfação, diferente, portanto, do conceito tradicional de felicidade, que é um estado duradouro de satisfação total ou quase total.

Para Freud, o Princípio de prazer é um dos dois princípios fundamentais que regem o funcionamento mental e o que nos liberta da dor. Já o segundo princípio, o da realidade, é quando o prazer se dará obedecendo às condições impostas pelo mundo externo. No postulado de Freud, uma felicidade como fenômeno episódico da própria constituição humana que nos limita a uma felicidade dita como plena.

A nossa relação com o mundo abre um caminho para a ameaça a esse estado de alegria e prazer. O nosso corpo angustiante e insatisfeito, cheio de pulsão de vida e de morte, medo e dor, o mundo no qual nós vivemos com suas forças superiores e destrutivas; e por fim, o maior de todos os sofrimentos: a relação com os outros seres. Este é o quadro humano analisado por Freud.

Viver é um desamparo porque o corpo do homem é frágil e fonte social de sofrimento. Sua relação com o outro, a mais danosa, é uma construção fragmentada e dependente. O outro, é a minha necessidade de sedução e realização do meu prazer.

Lutamos numa tarefa para encontrar um equilíbrio às nossas pulsões e assim, proporcionar ao corpo, felicidade. Se pensarmos então, em liberdade, à totalidade do mundo ao qual o homem pertence, não podemos esquecer do grande impacto que a Cultura tem em nossas vidas.

Segundo Freud:
"O desenvolvimento cultural nos parece um processo peculiar experimentado pela humanidade em que muitas coisas nos parece familiares."

Há semelhança entre o processo cultural imposto ao homem e o desenvolvimento da libido do indivíduo, ou seja, quando sublimamos os impulsos, somos castrados pelo desenvolvimento cultural e essa ruptura se dá pelas artes e pela ciência, representando papel fundamental na mídia cultural.

O homem é o Inconsciente e o incosciente é o desejo. Uma das teses fundamentais da psicanálise freudiana é que "os processos psíquicos são em si mesmos, inconscientes e que os processos conscientes são apenas atos isolados, frações de vida psíquica total."  Uma outra tese importante, a 2ª proposição dada por Freud, é que ele afirma "tendências sexuais, em sentido estrito ou amplo da palavra, agem como causas determinantes de doenças nervosas ou psíquicas e que essas emoções sexuais desempenham papel importante nas criações do espírito humano nos corpos da cultura, da arte e da vida social." 
O inconsciente adquire um conteúdo preciso e identifica-se com as tendências sexuais inibidas, negadas ou ocultas. Quando o homem não consegue desenvolver esse processo psíquico de sua libido, na consciência, torna-se um neurótico, isto é, um sujeito que não consegue achar um caminho para a satisfação das suas pulsões.

A respeito da Glória, colocado como parte do título, refiro-me a Descartes que atribui a esse termo um significado puramente mundando, considerando Glória como "uma espécie de Glória fundada no amor que se sente por si mesmo e deriva da impressão da esperança de louvor por parte dos outros."

sábado, 2 de julho de 2011

Felicidade em Santo Agostinho


Para o filósofo Agostinho, a felicidade é a posse de Deus e equivale a viver bem, viver conforme a vontade divina e ter um espírito puro. A felicidade é uma revelação especial de Deus. O homem só é feliz quando está no Caminho da Verdade e conhece a si mesmo segundo a medida de Deus. A verdadeira felicidade é a posse do Bem do mundo espiritual, porque tudo o que há no mundo carnal é passageiro e perdido. É feliz aquele que possui o supremo Bem.
Sobre as dicotomias encontradas nessas questões de dois mundos, um carnal e outro espiritual, o homem feliz possuindo o supremo Bem e o infeliz por não possuí-lo, Agostinho reflete mediante metáforas alimentaes, ou seja, é preciso prover alimento tanto para o corpo como para a alma.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Gênesis

Na tradição teológica, a revelação autêntica de Deus ao coração do homem é uma iniciativa exclusivamente divina. Dominamos nossas paixões sem provocar a ira de Deus e solicitamos a intervenção divina em nossos desejos, numa tentativa de sublimar nossos apetites e assim, livrar-nos de culpas e castigos. Forjou-se um Deus antropomórfico, irracional e transcendente. Um Deus que criou todas as coisas do nada, "apenas" com o poder de Sua Palavra, dotando o homem de livre-arbítrio para escolher entre alternativas possíveis.

* Trecho extraído do meu projeto de pesquisa e iniciação cientítica sobre a Felicidade e as Paixões em Espinosa a partir da idéia de um Deus imanente.

Fim?


Eu escalei o ponto mais alto da vida eu superei o maior obstáculo do homem eu vi coisas que nenhum humano sonha um dia ver
Muitos perderam a fé porque o céu sempre lhes mostrou tão pouco eu tive minha fé provada quando o céu  me mostrou além da sua infinitude
Eu busquei a Deus no meu desespero a minha dor é da ordem da existência a minha tristeza é maior que esse vale não há abismo onde eu possa me esconder ou me atirar...
Eu gritei eu disse que O Amo que Acredito Nele
Eu não tive resposta...certamente Deus não tem pena...
Eu amei mais do que o próprio Amor pode amar...porque amei na condição de demasiado humano
Não há mais sentido se é que um dia houve algum sentido pra uma existência tal qual a minha
Não há onde me segurar estou solto num tempo ilógico irreal e desconsertante...
Não há mais o Homem...há apenas fragmentos lançados por toda a parte diluídos na imensidão do vale impossíveis de serem ajuntados novamente...são inúmeros eus perdidos sem mais esperança
Nunca houve esperança eu fui forjado na dor e conheci de perto a morte
E se há um plano de Felicidade para o homem, vindo desse ser transcendental que esses homens chamam de Deus, certamente não faço parte desse projeto tão mágico...
Eu tenho coragem de pular...não é coragem que me falta...é que de nada adiantaria pular...porque não há nada...